Abstract (Portuguese): |
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi identificar presença de disfagia orofaríngea grave em pacientes internados no centro de terapia intensiva (CTI). Métodos: Estudo transversal retrospectivo a partir da análise de 387 prontuários na CTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 2014 e 2017 que receberam atendimento fonoaudiológico. Foi realizada avaliação clínica, classificação funcional da ingestão por via oral pela Functional Oral Intake Scale (FOIS) e classificação de disfagia de acordo com o Protocolo de Avaliação do Risco de Disfagia (PARD) no primeiro atendimento. Foram analisados os seguintes grupos: pacientes sem intubação orotraqueal (IOT) (G1), pacientes com uma IOT (G2) e pacientes com duas ou mais IOTs (G3). Resultados: O G1: (n=101) possui média de idade de 62,65 ± 15,57, havendo predominância do sexo masculino (57,1%) sendo observado presença de disfagia orofaríngea grave em 24% dos pacientes, presença de FOIS 1: em 37%, com desfecho óbito de 18%. No grupo G2 (n=231) a idade média era 61,93±15,10, com predominância do sexo masculino (57,1%), disfagia orofaríngea grave em 33%, presença de FOIS 1: 44,2%, e desfecho óbito em 22,9%. No grupo G3 (n=55) a idade média foi de 59,9±15,17, predominância do sexo feminino (52,7%), com FOIS 1: em 60%, presença de disfagia orofaríngea grave em 44% com óbito em 40% dos pacientes. Conclusão: Portanto, a avaliação fonoaudiológica precoce visa identificar e diminuir a ocorrência de complicações clínicas decorrentes da disfagia orofaríngea. [ABSTRACT FROM AUTHOR] |