Educar a sociedade para os Direitos Humanos envolve uma série de desafios que permitam a democratização e o incentivo dos debates e análises jurídicas e sociais para diferentes públicos. Não se pode ignorar a necessidade de despertar a sensibilidade para o tema, especialmente considerando grupos vulnerabilizados. Considerando que o processo de educação pode se dar em diferentes espaços, é salutar se aproveitar e apropriar de ferramentas (como o cinema e as produções culturais de massa) para ampliar a compreensão do que são Direitos Humanos. A pergunta de pesquisa que norteia a investigação é: como identificar o potencial narrativo, argumentativo, estratégico e necessário de obras artísticas em prol de debates e temas a respeito dos Direitos Humanos? Parte-se da hipótese que, como ferramenta, o cinema permite abordar demandas da atualidade como é o caso dos imigrantes e refugiados. Utilizando-se do filme Distrito 9, um filme de ficção científica, produzido em 2009, o presente artigo oferece uma análise acessível e propositiva no âmbito da educação em Direitos Humanos. A metodologia empregada para análise dos dados foi o dedutivo. A investigação permite concluir a acessibilidade e flexibilidade do uso do filme como instrumento dinâmico e potente na democratização dos debates e do aperfeiçoamento de estratégias para educar a sociedade em temas sensíveis de Direitos Humanos.
