: O presente artigo busca uma articulação entre a noção de “sentimento oceânico” e uma modalidade de laço social distinta da formação da massa e que se explicitaria privilegiadamente no campo da arte, na qual se desestabilizam as fronteiras entre indivíduos em prol de uma espécie de transmissão de desejo, sob o modo discursivo do conhecido sonho no qual o filho morto aparece ao pai e lhe pergunta “Pai, não vês que estou queimando?”. O texto examina ainda, de modo inconclusivo, a possibilidade de tal estratégia discursiva caracterizada pela literalidade e indicialidade poder se constituir em uma força política contra o fascismo da massa.